Descubra como manter o seu legado para uma aposentadoria ativa e produtiva

Como fazer uma transição para a aposentadoria ativa

A vida é marcada por transições desde o berço até a idade madura e cada mudança submete o profissional a novos aprendizados e adaptações. Desde a adolescência, pela escolha profissional, na fase madura ao consolidar-se na carreira e especialmente na fase da aposentadoria (pós-carreira), que desafia o profissional a redescobrir-se, reinventando a sua trajetória, reorganizando a sua vida, e identificando novas perspectivas de trabalho.

O papel do trabalho na construção da identidade:

O trabalho tem um grande significado para o indivíduo, pois ele é fonte de recursos materiais e de status, insere a pessoa em um sistema de relações sociais e é lugar de construção da identidade social. A perda da atividade profissional pode significar perda de referências e atinge a identidade pessoal, principalmente quando a atividade profissional ocupa lugar central na vida do indivíduo. Pela sua função de sobrevivência ou pelo tempo de vida dedicado pelo sujeito à profissão, o trabalho se torna a fonte mais importante de reconhecimento e de valorização pessoal.

Programa de preparação para a aposentadoria:

Em todos os ciclos de carreira, destacam-se mais aqueles profissionais que, além de formação educacional e técnica de excelência, dedicam-se a educação continuada, desenvolvimento profissional, pessoal e aprimoramento comportamental. É assim também na fase da aposentadoria.

Especialmente nessa fase, o entendimento, assimilação e reorganização dos significados do trabalho, do emprego, dos aspectos sociais e psicológicos e a compreensão do processo contínuo de desenvolvimento são fundamentais para a busca de uma nova identidade e para a descoberta de novos papéis.

Ao procurar e desenvolver uma nova identidade, o indivíduo encontrará um novo “eu” com o qual se sentirá à vontade e poderá ser reconhecido e admirado pelo novo papel que irá exercer na sociedade, na família e no ambiente profissional.

Nesse contexto, e no cenário atual de grande longevidade, algumas empresas incorporaram em suas políticas de recursos humanos, programas de apoio aos profissionais maduros na fase da aposentadoria, para que possam realizar a transição de suas carreiras para essa fase de forma planejada, equilibrada e tranquila.

O Programa de Preparação para a Aposentadoria (PPA), nomeado dessa forma no mercado de trabalho, tem como objetivo proporcionar à pessoa uma melhor compreensão dessa etapa de sua vida e auxiliar na elaboração de um novo conceito para a aposentadoria, ao prepará-la preventivamente e proativamente para o pós-carreira, minimizando o impacto da mudança e, ao orientá-la para criação do plano de opções de vida, novos projetos pessoais e ocupacionais.

Quem participa desse programa vivencia um processo profissional, sistemático, que ajuda o indivíduo a planejar a transição para a segunda metade da sua vida, planejar-se financeiramente para viabilizar o padrão de vida desejado em futuro breve e explorar novas opções de trabalho.

Por sua vez, as empresas que oferecem Programas de Preparação para Aposentadoria demonstram responsabilidade social para os seus stakeholders, valorizam a imagem institucional interna e externa e pavimentam um caminho de possíveis parcerias com os profissionais que estão nessa fase de vida, além de reduzir a probabilidade de processos trabalhistas.

Aposentadoria ativa é um novo tempo para continuar produzindo, colher os resultados de todo o aprendizado profissional e da experiência de vida. O programa de preparação para aposentadoria ativa requer, portanto, suporte especializado para elaboração e execução de um novo projeto pessoal e profissional: é uma transição de vida e carreira, que compreende no planejamento de ações para a busca de novas atividades e ocupações com significado, oferecendo equilíbrio emocional e orientação sobre finanças pessoais, visando a manutenção da independência financeira, da saúde e da qualidade de vida.

Fontes:

MINARELLI, José. Carreira Sustentável – Como enfrentar as transições de carreira e ter trabalho e renda dos 18 aos 81 anos. São Paulo: Editora Gente, 2010  

Emotional intelligence peaks as we enter our 60s, research suggests – Universidade de Berkeley: http://news.berkeley.edu/2010/12/16/agingemotion/