Ana Vecchi conversou conosco sobre franquias, o atual cenário do empreendedorismo e a importância da reflexão sobre o tipo de negócio que se deseja iniciar
Aconteceu, terça-feira, 05 de setembro, o Café com Networking, realizado pela Lens & Minarelli – consultoria especializada em Outplacement® e transição de carreira – para os seus assessorados. O evento trouxe a palestra da especialista em negócios e sócia fundadora da Vecchi Ancona Consultoria Empresarial, Ana Vecchi, que falou sobre “A arte de empreender: Como decidir se é melhor criar um negócio independente ou comprar uma franquia”.
“Este debate acontece no momento em que a atual crise econômica e política acelera mudanças no comportamento das pessoas, nas relações de trabalho e no emprego como conhecemos. Isso exige que os profissionais desenvolvam novas posturas, inteligência mercadológica e que estejam abertos para outras formas de trabalho e remuneração“, diz José Augusto Minarelli, CEO que lidera os projetos de transição de carreira na Lens & Minarelli. Dessa forma, o setor de franquias, pode ser um caminho a ser seguido pelos profissionais que estão em transição de carreira, sentem-se preparados e desejam abrir o próprio negócio. Tanto assim, que registra crescimento, mesmo em um ano turbulento.
Networking e Bate-Papo com Ana Vecchi
Ana Vecchi abriu nosso bate-papo, abordando o atual cenário do empreendedorismo e a importância da reflexão profissional sobre o tipo de negócio que se pretende iniciar, seja ele próprio ou uma franquia. O início do caminho de um empreendedor é incerto e durante o percurso, muitas dúvidas podem surgir. Há escolhas que precisam ser feitas e ao faze-las, é importante considerar a peculiaridade de cada tipo de negócio: vantagens e desvantagens, tipo de atividade, a dedicação de tempo requerida, o investimento financeiro necessário, estudos e análises de mercado.
As escolhas precisam estar alinhadas com o perfil profissional, levando em consideração o capital disponível e a resposta para algumas perguntas:
• Qual produto ou serviço que será comercializado?
• Qual é o meu perfil, como empreendedor?
• Tenho resiliência para enfrentar períodos de turbulência?
• Gosto de riscos e sei gerenciá-los?
• Sou um vendedor nato?
• Possuo habilidade de comunicação?
• Possuo habilidades de liderança?
• Tenho facilidade para resolver conflitos e crises?
• Não tenho necessidade de estabilidade?
• Não tenho receio de perder dinheiro?
Se a resposta para essas perguntas for “sim”, você pode criar o seu próprio negócio. Caso você esteja em dúvida sobre a resposta que daria para alguma das perguntas acima, a franquia poderá ser a melhor escolha.
“A análise do mercado, concorrência, identidade visual, definição da operação administrativa, financeira, recursos humanos, compras, controles, comercial, marketing e outras áreas, deverá ser feita pelo empreendedor. A forma de contratação, terceirizar ou contratar colaboradores, também deve estar contemplada no plano de negócio para analisar a viabilidade do empreendimento”, ressalta Ana Vecchi.
Identificar o público-alvo é o primeiro passo na hora de definir, por exemplo, a localização do seu negócio, “não basta ser um endereço movimentado, é preciso que as pessoas que transitam por ali se interessem pelo seu produto”, lembra.
A especialista explica que uma das vantagens da franquia, quando bem escolhida, é que o empreendedor aproveita uma marca já conhecida no mercado. Com um processo de comunicação e marketing eficaz e eficiente, na divulgação do negócio, o retorno pode ocorrer de forma mais segura e rápida. As desvantagens surgem quando há saturação de oferta de produtos ou serviços similares no mercado, quando existe falta de identificação do franquiado com as regras e padrões determinados pela franqueadora, e inflexibilidade do negócio, além de parte do lucro ter que ser repassado ao dono da marca.
“O nossos eventos têm como objetivo oferecer informações para os nossos assessorados, dando oportunidade para que tenham contato uns com os outros e com os ‘players’ de mercado, bem como apresentar alternativas ao emprego tradicional e oferecer informações para que tenham êxito na busca de novas oportunidades de renda”, conclui Minarelli.