Café com Networking: Antonio Lanzana falou sobre as mudanças na economia que impactam a gestão da carreira, dos recursos humanos e das finanças empresariais

Cenário de Mudanças na Economia Brasileira

Na terça-feira passada, 17 de outubro, a Lens & Minarelli, consultoria especializada em Outplacement® e transição de carreira, promoveu para seus assessorados, parceiros e clientes, o Café com Networking, com o tema: Cenário de Mudanças na Economia Brasileira – Impactos no RH e nas finanças empresariais. O evento trouxe a palestra do economista Antonio Lanzana, consultor da Lens & Minarelli para Assuntos Financeiros, finanças pessoais, negócio próprio e empreendedorismo.

Mestre e Doutor em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), Lanzana falou sobre a Economia Mundial e seus Impactos no Brasil, a situação econômica atual e cenários para o final de 2017 e 2018. “Este evento acontece no momento em que a economia apresenta pequenos sinais de melhora e, ao mesmo tempo, a reforma trabalhista acompanha tendências de mudança nas relações de trabalho e no emprego como conhecemos. Isso exige que os profissionais desenvolvam novos padrões mentais para independência profissional e para a prestação de serviços de forma autônoma, sem vínculo empregatício”, diz José Augusto Minarelli, CEO que lidera os projetos de transição de carreira na Lens & Minarelli.

Networking e palestra com Antonio Lanzana

Lanzana abriu o evento abordando o atual cenário da economia nacional e seus sinais de melhoria, assegurando que o país saiu do “fundo do poço” e está entrando em um novo período de desenvolvimento que, embora ainda pequeno, deve continuar evoluindo em 2018. A economia brasileira apresentou momentos críticos no triênio 2014/16: queda de renda per capita de 10%, explosão do desemprego e forte retração de vendas, atingindo 60% em alguns setores da economia. Já entre os fatores que contribuem para os bons resultados do cenário brasileiro está o crescimento da economia mundial em 2017, a desaceleração da China de forma consistente, o excesso de liquidez internacional e a baixa de oferta para investimento a custos competitivos.

A disposição do investidor em correr riscos é outro fator relevante, ocasionado pela política monetária expansionista na Europa, no Japão e no Reino Unido. Nestas nações os juros negativos resultam em busca de alternativas em países emergentes, principalmente, o Brasil. O economista mencionou, ainda, a participação positiva dos países da América Latina na economia mundial, destacando a Argentina, com crescimento decorrente das mudanças de direção na política econômica e das oportunidades que se abrem para as nações integrantes da Aliança para o Pacífico.

Durante a apresentação, Antonio Lanzana comentou ainda o crescimento das exportações de produtos básicos, na ordem de 26,2% e das indústrias de 11,3%, entre os meses de janeiro a setembro deste ano, influenciando a geração de emprego, renda, consumo e contribuindo para o crescimento da economia brasileira.

“É importante manter um olhar positivo. Embora o crescimento não seja significativo, ele é importante para criar espaço para uma evolução de cerca de 3% em 2018, comparado ao crescimento do PIB em 2017”.

Situação econômica atual e cenário
previsto para o final de 2017 e 2018

O atual governo não tem instrumentos fiscais capazes de acelerar o desenvolvimento, medidas como a PEC do teto dos gastos, por exemplo, são saudáveis, mas não são, sozinhas, expansionistas em curto prazo“, afirma Lanzana.

O agronegócio é o responsável pela puxada do atual crescimento em 2017, impactando no crescimento da indústria, dando incremento às exportações, pela substituição de importações e favorecendo o comércio, além do aumento salarial pela rápida queda da inflação e pelo retorno gradual de crédito.

O cenário de 2018 dependerá das eleições no próximo ano, sendo que temos como provável resultado, no segundo turno, um Candidato “Populista” X um Candidato “Reformista”. Essa definição é importante, se considerarmos os principais desafios do próximo Presidente: Consolidação do ajuste fiscal (sem reforma da Previdência, a PEC do Teto fica inviável), reforma tributária (para aumentar os investimentos e a exportação), ampliação da produtividade e aceleração dos investimentos em infraestrutura, sendo essa uma grande oportunidade de investimentos, trabalho e renda para o país.

Desafios de gestão e carreira

O mundo corporativo e os executivos devem estar preparados para o momento de retomada da expansão do Brasil, para um aumento ainda maior da concorrência, cada vez mais acirrada, e para a necessidade de mudança dos padrões mentais, comportamentais organizacionais e de gestão da carreira. Neste cenário, de novos desafios e modificações constantes, a inovação é um fator fundamental para se obter bons resultados e, consequentemente, o esperado sucesso.

Dessa forma, adaptar-se aos mercados, e às mudanças nas profissões, significa investir no aprimoramento de competências, da forma como o profissional se relaciona com os mercados e com o trabalho. Diminuir custos e aumentar a produtividade, por meio do incremento dos resultados, impacta em relações flexíveis de prestação de serviços e contratações que passam a ser por atividade, com menores custos fixos, gerando oportunidades para contratação por projetos específicos e serviços prestados por pessoa jurídica. A carteira assinada cede lugar ao contrato de prestação de serviços, sendo fundamental a flexibilização e a preparação profissional para essa realidade. “As empresas não atuam mais com planejamentos de longo prazo e as suas decisões são baseadas no curto e no médio prazos considerando, essencialmente, perspectivas de resultados no presente“, conclui o palestrante.

Agradeço a participação dos presentes, da equipe da Lens & Minarelli que trabalhou na produção do evento e o apoio do Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP). Lembro que nossos eventos têm como objetivo oferecer informações atuais e de tendências para os nossos assessorados, dando oportunidade para geração de novas ideias, novos contatos e êxito na busca de novas oportunidades de trabalho e renda“, conclui Minarelli.