Evento realizado pela ANEFAC mostrou a necessidade de mudanças organizacionais e de novas posturas profissionais para acompanhar as transformações da economia compartilhada

Minarelli faz participação especial no 19º Congresso ANEFAC, apresentando o futuro do trabalho na economia compartilhada

No dia 26 de maio, José Augusto Minarelli, CEO da Lens & Minarelli, abriu e moderou o painel “O Futuro das Profissões em uma Economia Compartilhada”, que integrou o 19º Congresso ANEFAC, realizado em Barra Bonita (SP). Participaram, também, Marcio Luiz Bueno, Head of IT Sales & Alliance – Latin America na British Telecom, e Marcelo de Lucca, sócio na KPMG. Minarelli apontou que as transformações no ambiente corporativo e nos modelos de negócio, requerem mudança na mentalidade e no comportamento dos profissionais, em parte devido a evolução constante da tecnologia, que exige novas competências organizacionais e novas habilidades humanas.  Tudo isso em um mundo onde o desafio não será apenas a busca pelos resultados financeiros, mas também a procura por propósito, onde serviços e produtos serão valorados por meio de critérios diferentes dos que a maioria dos profissionais está acostumada, em uma sociedade conectada e bem informada, em um mercado diferente do que conhecemos.

Durante a apresentação, Marcio Luiz Bueno pontuou a relevância da tecnologia na transformação do mundo corporativo e seu impacto nas profissões. Falou sobre a linha tênue que separa a vida pessoal da profissional e a necessidade de buscar propósito e sentido de vida de forma integral. Ele mencionou a importância de redefinir os objetivos, equilibrando-os entre os sete âmbitos da vida: profissional, cultural, sentimental, familiar, social, espiritual e saúde.

“O Século 21 exige um trabalho acentuado no desenvolvimento de novas competências, habilidades e atitudes, tendo como chave a inteligência emocional. É fundamental para os profissionais o entendimento das transformações da sociedade e das empresas, bem como a escolha do papel que se quer exercer para ser um agente transformador do mundo do trabalho e da nova sociedade”, conclui o especialista.

Marcelo de Lucca apresentou os principais pontos de atenção para o futuro das empresas e das profissões. As pessoas poderão trabalhar em qualquer lugar, em um mercado de trabalho onde convivem cinco gerações, onde cerca de 50% dos postos de trabalho serão ocupados por mulheres, onde as estruturas organizacionais rígidas darão lugar às organizações orgânicas, nas quais todos os profissionais terão empoderamento e autonomia para criar e entregar valor, independente da sua posição. Para vencer os novos desafios de negócios, novas habilidades pessoais serão demandadas, tais como: criatividade, intuição, paixão e ética. “Em um mundo onde os processos mais simples serão robotizados, os profissionais precisarão ter competências humanas que agreguem valor. Lembrou, ainda, que as empresas necessitarão repensar como atrair engajar, inspirar, e reter talentos, além de desenvolver um comportamento organizacional que cause impacto no mundo, para serem escolhidas pelos clientes mais cobiçados pelo mercado”, finaliza de Lucca.

Para que haja transformação e, consequentemente, desenvolvimento de novas competências, frente ao novo cenário dos negócios e profissões da economia colaborativa e compartilhada, José Augusto Minarelli reiterou que “o novo mundo exige autonomia dos profissionais para tomar conta da própria carreira, empresariar seu talento, criar condições para ser sempre objeto de interesse de outras pessoas, das empresas e do mercado, garantindo trabalho e renda, independente de idade, de estar ou não empregado, dos tempos difíceis ou dos desafios que se apresentem. As empresas, por sua vez, devem estar preparadas para, não só oferecer bons produtos e serviços, como também buscar valores que sejam de interesse coletivo”. E concluiu: “o mercado é feito de gente. Gente como a gente”.