Marlene Carnevali descreve como a demissão humanizada a surpreendeu e como o Outplacement® inovou e fez diferença no desenvolvimento da sua carreira
Todo profissional experiente sabe do prazer que dá trabalhar para uma organização que tenha políticas de Gestão de Recursos Humanos verdadeiramente “humanizadas”. Uma empresa inovadora, que mantenha uma cultura organizacional de integração e a valorização de cada indivíduo que é parte do seu capital intelectual. Mas também sabemos que, um dia, esse casamento pode acabar. Embora tenhamos esta consciência, às vezes, esse momento nos pega de surpresa.
Nessa surpresa, sentimos como se tivéssemos perdido nossa própria identidade, já que perdemos o sobrenome organizacional:
– Alô, sou fulano da empresa tal.
Quando perdemos essa identidade, perdemos o chão e nos perguntamos:
– Como vou me apresentar agora? Como vou me recolocar se estou há tanto tempo nessa empresa e virei especialista dos processos que só ela tem?
Entretanto, quando temos a sorte de ter trabalhado em uma empresa que valoriza o “H” do seu departamento de Relações Humanas, a situação muda completamente.
Em 1997, passei por uma experiência que foi divisora de águas na minha vida profissional. Estava sendo demitida de uma empresa que me causava orgulho por trabalhar para ela. Sou uma pessoa “de exatas”, cujos sentimentos vêm sempre depois do racional, mas confesso que fiquei um pouco abalada. Quando trabalhamos por um período maior que dois anos para uma mesma empresa, criamos laços de amizade, os afetos são maiores que os desafetos. Nós nos sentimos orgulhosos de nós mesmos. Afinal, fazemos parte de um seleto grupo, que é referência no mercado e nós, orgulhosamente, fazemos parte desse sucesso.
Na demissão, para minha surpresa, descobri que a preocupação com o capital intelectual dessa empresa ia além do seu ambiente interno e do contrato de trabalho vigente. Soube que a empresa reconhecia os impactos da demissão, da perda de um talento, adotando uma prática de demissão humanizada – o Outplacement – que, de forma inovadora, auxiliava na transição de carreira e recolocação no mercado. Isso ERA (E AINDA É) INÉDITO! Em mais de 30 anos de trabalho não conhecera nenhuma empresa, nem mesmo entre as multinacionais, que tivessem esse reconhecimento por um bom profissional desligado de seu quadro, mesmo que por força maior.
E aqui começa minha história com a Lens & Minarelli…
No dia da demissão, com todos os documentos da rescisão, recebi, do RH, o encaminhamento para ser assessorada por uma empresa de Outplacement®, transição de carreira e recolocação profissional que, até então, não conhecia. Era a Lens & Minarelli.
Uma empresa diferenciada. Não se tratava de um Head Hunter e sim de um serviço inovador, de alta qualidade, prestado para profissionais encaminhados pela empresa que os demitiu e que arca com todos os custos do serviço. Foram seis meses de encantamento.
Logo de cara fiquei encantada com a filosofia da empresa e me dei conta que o mundo não havia acabado.
Existe vida após uma demissão inesperada!
Durante seis meses, eu passei por um processo inédito no Brasil, que mudou totalmente meu mindset.
Saber que nas adversidades também há o lado bom, eu já sabia e sempre fui muito otimista e automotivada, mas a visão de como extrair esse lado bom, a Lens & Minarelli me ensinou com maestria. Afinal, uma demissão inesperada é sempre um caos nas nossas vidas. Muitas vezes, você sabe que pode fazer uma limonada de um limão, mas falta o açúcar. E a Lens & Minarelli me ensinou onde e como buscar esse açúcar.
Lá, os casados têm a integração dos seus cônjuges no programa de transição de carreira. Mais uma inovação interessante. Sempre tem aquela cobrança e não há nada pior para um chefe de família do que, além de estar com sua moral abatida pela demissão inesperada e indesejada, ser pressionado pela família como se ele fosse o único culpado da demissão.
Aprendi a construir, valorizar e sempre aumentar minha rede de contatos. Até hoje escrevo atrás de cada cartão de visita que recebo, onde conheci a pessoa. Como esse pequeno detalhe é importante. Quantos cartões havia jogado fora por não lembrar de onde conheci a pessoa, quantas oportunidades devo ter perdido. Um bom exemplo desse aprendizado é que após, exatos vinte anos, ainda mantenho contato com o CEO e seu brilhante descendente Gustavo Lens Minarelli, que tive o prazer de conhecer muitos anos depois. Fazendo networking e praticando aquilo que aprendi com o José Augusto Minarelli.
Lembra-se do dito popular “Não dê o peixe, ensine a pescar”? Pois é, a Lens & Minarelli, além de ensinar a pescar, ensina a vender o peixe. Lembro-me até hoje dos seminários “Venda seu Peixe”, mais uma inovação. Um encontro com executivos de várias empresas onde aprendíamos a estabelecer contato com todos, mesmo sem conhecê-los. Praticar networking genuíno e vender o nosso peixe. Brilhante!
Manter a empregabilidade! Que sacada interessante! Aprendi, também na Lens & Minarelli o quão importante é e como por em prática.
Bem, a Lens & Minarelli deixou sua marca na minha carreira, lições que inovaram minha vida, minha carreira, que guardo até hoje e vou levar sempre comigo. Desejo que, um dia, todas as empresas, sem exceção, tenham a consciência de proporcionar uma demissão digna a seus colaboradores que participaram de seus resultados positivos e tenham a Lens & Minarelli como parceira nessa missão.
Abraços a todos.
Sobre a autora:
Marlene Carnevali, PMP, PMI-RMP, Coacher– Administradora de Empresas, pós-graduada em Telecomunicações e em Gestão de Projetos, com larga experiência em empresas de grande porte como HSBC, Citibank, Bolsa de Valores de São Paulo, Caixa Econômica Federal, Banespa/Santander. Especialista em Gerenciamento de Riscos, já ministrou Gestão de Riscos em cursos preparatórios para alunos da FGV, e para Pós graduação da FAE, em Curitiba. É PMP e foi a primeira mulher no Brasil a obter a certificação em Gerenciamento de Riscos pelo PMI. É autora do livro “A Ciência do Gerenciamento de Riscos em Projetos, 2017 ”
A Lens & Minarelli trabalha o programa de Outplacement® baseado no lema “Gente cuidando de Gente”, coerente com o princípio da demissão humanizada.